A febre faz parte da resposta inflamatória habitual do organismo e ajuda a promover a resposta imunológica, sendo uma reação frequente após a vacinação. Em alguns casos, como o da vacina pentavalente celular (administrada habitualmente aos 2, 4 e 6 meses), o número de crianças que apresentam febre baixa ou moderada após a vacinação é superior a 50%.
A febre relacionada à vacinação é benigna e autolimitada, isto é, não traz prejuízo à criança e não costuma durar mais do que 24 horas. Também vale destacar que no caso de vacinas não vivas (como a pentavalente, a pneumocócica e a meningocócica) a febre costuma aparecer logo após a vacinação, enquanto nas vacinas vivas (como a tríplice viral) a febre pode surgir após alguns dias.
Em caso de febre, recomenda-se manter a criança em repouso, em ambiente ventilado, bem hidratada e fazer uso de antitérmico (preferencialmente paracetamol), se necessário.
No caso de febre que foge do padrão esperado para a vacina aplicada é recomendada a avaliação médica para que sejam descartadas outras causas, como infecção concomitante. Assim, de forma geral, crianças que apresentam febre maior do que 39ºC ou com duração maior do que 24 horas ou que se inicia após as primeiras 24 horas (com exceção dos casos em que foi aplicada vacina viva) devem ser avaliadas por um médico.
A febre não contraindica doses subsequentes da vacinação. No entanto, em caso de febre superior a 39,5ºC ou história familiar ou pessoal de convulsão febril pode ser discutida com o médico a possibilidade de administração de paracetamol profilático durante e após a aplicação da vacina.